O que mexeria mais comigo? Um elogio rasgado quando me arrumo para sair e ouço, nossa como você está linda? Ou ele perceber minha irritação e sem fazer alarde me trazer a bolsa de água quente e segurando-a na minha barriga fingir que a cólica não destrói o meu humor?
Quando me sentiria mais amada? Ao ganhar um brilhante de presente de aniversário ou um bilhete na mesa de cabeceira dizendo – tenha um bom dia, te espero para jantar?
Onde me sentiria mais segura? Em um carro luxuoso ou ao encostar a cabeça ali onde o peito vira ombro soltando todo o peso do meu corpo naquele colo?
Longe de mim fazer apologia ao menos ou ao desconfortável. Amo coisas boas e creio mesmo que estamos aqui para desfrutá-las. A questão é o que alegra de verdade meu coração.
É lógico que existem pessoas diferentes de mim, graças à Deus, mas a grande maioria das mulheres espera apenas que você preste atenção.
As dicas veem em formas estranhas ás vezes. Não espere por um: será que você poderia segurar a minha mão enquanto caminhamos? Ou um: posso encostar minha cabeça no seu ombro para que você mexa no meu cabelo? Não.
A sua percepção é o maior presente. A sua intuição de que cansada, quero apenas que me ofereça uma taça de vinho antes do jantar é minha alegria.
Minha alma grita – por favor me veja. Não me olhe somente.
Um pouco mais de atenção aos detalhes e todos os meus mistérios lhe serão revelados, um a um, bem devagar. Não tem segredo que não seja descoberto ao toque de um carinho despretensioso. Não existe medo que não sucumba a um abraço sincero.
Preste atenção no que dizem meus olhos. Me segure forte pela cintura para que eu me sinta protegida. Me erga em seus braços para que eu me sinta leve. Me puxe pela mão para que eu te siga. Esteja aqui. Olhe novamente, preste atenção. Não te direi tudo.
Descubra por conta própria que não vivo sem café e que não suporto mamão, e não se esqueça disso nunca mais. Por que assim saberei que me sabes inteira.
Não desista no primeiro tropeço. Não. O que nos derruba nos obriga a levantar juntos. Aprenderemos a caminhar no mesmo ritmo em breve.
Vem. Pode vir. Não vejo a hora de te conhecer.