Vida, sua doida, como você muda assim em um segundo?
Como me faz lutar sem cessar pelo dia seguinte, por vezes cheia de esperança em outras tão perdida?
Oh vida, como faço pra segurar dentro do peito o mesmo coração que pula de alegria hoje e amanhã pena por bater tímido?
Vida, tipo de presente que ganhamos, que faz sentido apenas para quem nos deu.
Como aqueles jogos que ganhamos quando criança e que levamos a eternidade tentando aprender como brincar.
Vida sem controle. Ah vida.
Como adaptar a alma aos seus altos e baixos?
Me sinto surfando em você. Tantos momentos de êxtase e plenitude que fazem acreditar que chegarei em pé na areia. Mas quantos caldos.
Todos inesperados. Sem aviso.
Ah vida. Só te peço que não afogue meus sonhos. Não roube minha esperança quando eu já sem forças tenho vontade apenas de boiar.
Oh vida.
Me dá um tempo.
Pode acreditar eu vou voltar.
Mas por ora.
Silêncio por favor.