É tão bom olhar para trás, dar aquela espiada em si mesmo e perceber o quanto o tempo carrega amadurecimentos necessários. Aqui, não estou falando em mudanças culturais ou econômicas, estou elevando à mudança de espírito, foco, coisas banais, pessoas e destino.
Por quantas vezes choramos, berramos, esperneamos por nosso mundo ter acabado, até que novamente um objetivo retorna à alma e conseguimos levantar a cabeça, enxugar as lágrimas e continuar a lutar por sonhos alcançados e inalcançados.
A eterna metamorfose do ser humano não é se arrepender pelo feito, mas sim redimir o tempo perdido. Sem tristeza o expoente da alegria não saltaria em nossos lábios. Sem os problemas jamais conheceríamos o refrigério do descanso.
Nós somos gerados para a transformação. Somos portadores da infinitude, ao qual o minuto seguinte é totalmente novo e secreto. Entende que esse é o sentido explosivo da vida? E é por isso que viver deveria ser aquele frio na barriga de quando passamos de fase, recomeçamos do zero e mudamos.
A vida é um doce leva temperos, flores e frutas que na consequência leva-se à profundidade. É um oceano que mergulhamos de cabeça sem saber o nível exato do âmago. É adrenalina daquelas de quando você andou pela primeira vez na roda gigante, e de lá avistou uma cidade brilhante com pontos que lembravam a muitos pirilampos.
Eu acredito que a vida tem um som que não pode ser encontrado entre notas musicais; é um som único, um som tão vivo quanto a maior expressão de amor – o amor da compreensão que dá sentido à realidade e inventa palavras para caminhos coletivos.
Lendo um livro de uma simples mulher que transforma a vida na África todos os dias, eu descobri que o povoado de Maputo era carente de comida física, mas que nós, seres de grandes metrópoles somos carentes de contato humano com a nossa própria sinceridade.
A dificuldade quando se torna compartilha é pequena, pois sempre existirão pontos mais profundos que a nossa realidade jamais viveu.
Marcas serão marcas que só se curarão quando descobrirmos como extrair o sangue como favo de mel. E compreendendo essa verdade, a grama do vizinho jamais será invejada.