É sensação nova.

É sensação nova, muito nova. Não pensei fosse capaz de ter frio na barriga, borboletas no estômago ou o que você usar como expressão para descrever aquilo que sente quando visualiza um nome ascendendo na tela do seu celular, não aos 45 anos de idade. Está acontecendo. Lendo um e-mail sério de trabalho sorrio pro computador quando uma lembrança, da conversa de ontem, bem simples, invade minha mente. É um respiro. Um suspiro gostoso que paralisa o tempo por segundos me dando graça. Loucura? Aventura? Invenção da minha cabeça? Eu não sei. É bom. É muito bom. O melhor é que acima de quase tudo na vida esse sentimento nos percebe vivos. Despertos. Somos máquinas muito bem pensadas, cheias de engrenagens que se dependem. Lubrificados por uma química especial, única, equilibrada. Necessitamos de todos os componentes estáveis para funcionarmos em nosso potencial. Capazes de sobreviver e permanecer sem tudo na medida, ainda ansiamos a plenitude. Essa só alcançada quando os disparos da alma alinham todas as conexões e podemos simplesmente tremer por dentro. É o ápice. Aquele sorriso novamente, agora acompanhado por uma lágrima teimosa. Que não entristece, motiva. O que virá? Sei lá. Quero viver a alegria do agora, que com tanta demora resolveu dar as caras. Quero tentar. Sim, mais uma vez e daí se não for dessa. Aproveito as borboletas e faço festa de criança, aqueço o frio na barriga com uma taça de vinho. Mas não perco esse momento. Meu momento. Nosso.

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